O ESTRONDO DA MODERNIDADE NO EXÉRCITO: AS REFORMAS CURRICULARES E AS REVOLTAS MILITARES NA PRIMEIRA REPÚBLICA
2014; Volume: 28; Issue: 91 Linguagem: Português
10.21527/2179-1309.2013.91.149-176
ISSN2179-1309
Autores Tópico(s)Brazilian History and Foreign Policy
ResumoA proposicao desse artigo e o de historiar o duplo combate modernizante que se fez presente apos o fim da monarquia brasileira, de um lado reformas no ensino com o proposito de intensificar a disciplina militar sobre os corpos forjando uma identidade militar moderna e de outro, revoltas militares de tom politico-militar procurando a partir de ato belicoso acelerar a modernizacao do pais. No Exercito vivenciou-se, em um contexto de transicao institucional republicana, este duplo combate que – em regra geral - se concentrava nas camadas militares da base da corporacao, entre os oficiais subalternos. De forma que os principais atores da modernizacao militar se bifurcavam entre o tenentismo profissional centrado nas reformas educacionais a fim de modernizar a instituicao por meio da burocracia fardada e o tenentismo politico que em ato belicoso pressionava as reformas modernizantes na esfera estatal. Efetivamente, a identidade militar moderna foi construida – em larga medida – a partir do tenentismo profissional e politico: o primeiro agregou uma mentalidade conservadora e institucional produzindo um militar militarizado alijado da cultura paisana, e o segundo trouxe a ideia de que a “classe militar” – subtraindo as massas – tinha a prerrogativa de agir politicamente sobre o Estado a fim de assegurar o curso acelerado da modernizacao do pais fazendo da politica civil politica militar.
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