Os imigrantes e o mercado de trabalho: o caso português

1999; Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa; Volume: 34; Issue: 150 Linguagem: Português

ISSN

2182-2999

Autores

Maria Ioannis Baganha, João Ferrão, Jorge Malheiros,

Tópico(s)

Migration and Labor Dynamics

Resumo

INTRODUCAO Portugal, a semelhanca de outros paises da Europa meridional pertencentes a UE, conheceu um aumento significativo do numero de estrangeiros activos entre inicios dos anos 80 e meados dos anos 90 1 . Nao obstante este aumento, o numero de trabalhadores estrangeiros activos nos mercados de trabalho espanhol, italiano e portugues e ainda relativamente baixo quando comparado com a situacao da maior parte dos paises da UE. Em Portugal, os estrangeiros activos legais representam menos de 2,5% do total da forca de trabalho, ao passo que ao nivel da UE este valor se aproxima dos 4%. Contudo, se segmentarmos a analise por areas geograficas — e olharmos com particular atencao para regioes como a Area Metropolitana de Lisboa — e por sectores economicos (destacando ramos como a construcao civil e as obras publicas, os servicos pessoais e domesticos e as profissoes liberais e tecnicas especializadas), a importância que a populacao estrangeira activa assume em relacao ao total da forca de trabalho e bastante maior. E mais relevante se torna se tivermos em conta o problema especifico do trabalho informal, nao apenas pelo grande numero de estrangeiros envolvidos em certas actividades economicas (na construcao civil e nas obras publicas, por exemplo), como tambem pelo alto grau de vulnerabilidade deste tipo de trabalho.

Referência(s)