
IMPLEMENTANDO PRÁTICAS RESTAURATIVAS NAS ESCOLAS BRASILEIRAS COMO ESTRATÉGIA PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA CULTURA DE PAZ
2009; Editora Universitária Champagnat - PUCPRESS; Volume: 9; Issue: 28 Linguagem: Português
10.7213/rde.v9i28.3304
ISSN1981-416X
AutoresPatrícia Krieger Grossi, Andréia Mendes dos Santos, Simone Barros de Oliveira, Camila da Silva Fabis,
Tópico(s)Social and Political Issues
ResumoEste artigo tem por objetivo apresentar os resultados da pesquisa de avaliação e monitoramento de práticas restaurativas desenvolvidas em três escolas da rede pública e privada de Porto Alegre. Esta pesquisa é uma parceria da Faculdade de Serviço Social com a 3ª Vara do Juizado Regional da Infância e Juventude por meio do Projeto Justiça para o Século 21. Partimos de um diagnóstico situacional de cada escola para identificar expressões de violência e suas formas de enfrentamento através da aplicação de questionários a alunos e professores. A Justiça Restaurativa é uma abordagem inclusiva e colaborativa baseada nos valores de inclusão, pertença, solidariedade e escuta ativa que prevê a participação de alunos, professores, comunidade, família e rede de apoio nas situações de conflitos e violências visando à restauração das relações sociais. As práticas restaurativas vêm desconstruindo essa cultura de violência e promovendo a cultura de paz nas escolas. Conclui-se que o bullying no ensino fundamental foi percebido como principal expressão de violência nas escolas participantes. Os círculos restaurativos realizados nas escolas contribuíram para a instauração de práticas dialógicas e afirmação de acordos que contemplaram as necessidades das vítimas e comunidade afetada. 90% das pessoas sentiram-se ouvidas e respeitadas, o que evidencia a necessidade contínua de fortalecimento dessas práticas no cotidiano escolar. Entre muitas das repercussões positivas do Projeto nas escolas, vale destacar a diminuição de encaminhamentos para o Serviço de Orientação Educacional (SOE), direção da instituição ou ao Departamento Estadual da Criança e do Adolescente e os sentimentos de segurança decorrentes da participação.
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