
MILTON, MINAS & GERAES: UMA CULTURA DE RESISTÊNCIA
2010; UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS; Volume: 10; Issue: 1 Linguagem: Português
10.5216/o.v10i1.9676
ISSN2177-5648
Autores Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoEstudo que busca discutir os lugares de memória nas obras fonográficas "Minas" e "Geraes", de Milton Nascimento, lançadas em 1975 e 1976, respectivamente; vistas pela crítica da época como as mais representativas do "movimento" Clube da Esquina. Tais obras foram engendradas num contexto em que o Brasil vivia um momento de forte repressão política, circunstância na qual Milton e seus parceiros percebem a oportunidade de, em "Minas" cantar para dentro, em suas raízes interioranas e, em "Geraes", cantar para fora, ao incorporar à sua musicalidade elementos latino-americanos. "Minas" e "Geraes" têm o significado de serem "lugares sem frestas" - onde não há "desbunde", muito pelo contrário, há exposição de resistência nos corpos, na paixão, nos sentimentos, na fé e na memória -, incapazes de serem tocados por um sistema cuja premissa era a total falta de sensibilidade para o humano e o universal.
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