Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Machado de Assis entre o jornal e o livro

2008; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; Volume: 16; Linguagem: Português

10.17851/2358-9787.16.0.167-177

ISSN

2358-9787

Autores

Sílvia Maria Azevedo,

Tópico(s)

Linguistics and Education Research

Resumo

Tendo em vista o projeto de formação do leitor nos contos publicadosentre 1860-1877, serão apontadas as tensões entre um programa crítico quepressupõe a formação de um leitor ideal para a literatura e o fato de, nessamesma época, o jovem Machado colocar em xeque tal programa ao escrevercontos moralizantes e de matriz folhetinesca, enquanto colaborador do Jornaldas Famílias (1863-1878). É só quando Machado seleciona os contos queirão integrar as duas coletâneas iniciais – Contos fluminenses (1870) eHistórias da meia-noite (1973) – que é possível perceber a operação analíticovalorativade O ideal do crítico (1865) em atuação, tendo em vista o programade formação do escritor e do público para a literatura. É nesse contexto que sedá a reescritura de contos do jornal para o livro, como é o caso de “O relógiode ouro” ou mesmo a inclusão de contos concebidos apenas para a edição emlivro, a exemplo de “Miss Dollar”, que abre estrategicamente a coletânea deContos fluminenses com um endereço certeiro: o(a) leitor(a).

Referência(s)