Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

RELAÇÕES SOLO–VEGETAÇÃO EM “ILHAS” FLORESTAIS E SAVANAS ADJACENTES, NO NORDESTE DE RORAIMA

2016; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; Volume: 26; Issue: 1 Linguagem: Português

10.5902/1980509821098

ISSN

1980-5098

Autores

Keily Katiany Almeida Feitosa, José Frutuoso do Vale Júnior, Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud Schaefer, Maria Ivonilde Leitão de Sousa, Pedro Paulo Ramos Ribeiro Nascimento,

Tópico(s)

African Botany and Ecology Studies

Resumo

http://dx.doi.org/10.5902/1980509821098O estudo de solos em ilhas florestais inseridas em áreas de domínio de savanas é fundamental para compreender os processos de formação da paisagem. Este trabalho caracterizou propriedades morfológicas, físicas e químicas de solos em quatro fragmentos naturais de florestas de ocorrência no mosaico savana-floresta em Roraima, norte da Amazônia. O método consistiu em transectos atravessando as ilhas nos sentidos leste–oeste e norte–sul, onde foram abertas cinco trincheiras para a coleta de amostras e estudos de solos. Nas áreas de savana contíguas a cada ilha foram estabelecidos transectos de 100 m de comprimento e abertas cinco trincheiras equidistantes para caracterização química e física do solo comparativa. Os Latossolos foram as classes de solos predominantes nas quatro ilhas investigadas, seguida de Argissolos e Plintossolos, todos predominantemente oligotróficos (distróficos, de baixa CTC, ácidos). Condições químicas e físicas melhores foram verificadas nos solos das ilhas florestais em relação às áreas de savana circundantes, numa mesma classe de solo. Assim, embora a classe de solo não tenha variado entre diferentes fitofisionomias em um dado gradiente, características químicas e físicas específicas variaram e podem exercer influência positiva no estabelecimento de vegetação florestada. Embora florestas e savanas ocorram lado a lado, em mosaico, o clima atual com longa estação seca é concordante com a existência da savana em relevo plano e a ocorrência das ilhas florestais parece condicionada a variações físico-químicas sutis dos solos, sem necessidade de invocar uma relação com oscilações paleoclimáticas. Estudos mais aprofundados posteriores poderão testar a hipótese de contração ou expansão florestal durante o Quaternário, buscando evidências de que tais ilhas possam representar relíquias paleoclimáticas imersas em domínio savânico.

Referência(s)