Entre o Cinema e a Poesia

2011; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ; Linguagem: Português

10.13115/2236-1499.2011v1n4p15

ISSN

2236-1499

Autores

Elcy Luiz da Cruz, Elcy Luiz da Cruz,

Tópico(s)

Linguistics and Education Research

Resumo

“O filme quis dizer ‘eu sou o samba’ A voz do morro rasgou a tela do cinema (...) Em transe e, no mar de Monte Santo E a luz do nosso canto, e as vozes do poema Necessitaram transforma‐se tanto Que o samba quis dizer: eu sou o cinema.” (Caetano) Seria o cinema a luz que nao se apaga? E parodiando o texto biblico que tal pensarmos no inicio de tudo. O cinema se fez em seis dias? “No principio, o verbo ou a imagem? Primeiro vemos ou ouvimos? Ou, questao mais intricada, todos os nomes, tudo o que dizemos e ouvimos, toda palavra tem uma imagem?” (Avellar 2007, p.44) O verbo se fez carne e o cinema se tornou a luz do caminho. Mas as duas afirmacoes nao passam de belissimas imagens. Assim nos parece que a poesia e o cinema sempre estiveram de alguma forma unidos. A poesia e som – palavras. O cinema e luz – imagens. Deste modo construimos um hiato entre ambos. Muitas vezes diante de uma imagem nao sabemos o que dizer. Nao encontramos palavras ou seria o contrario? Temos palavras demais e nao sabemos como dizer? O nao saber como dizer nao seria o grande desafio que faz com que poetas e cineastas construam seus objetos? E dai fazer surgir o miraculoso mundo das artes? Afinal, poderiamos dizer que o papel da arte e dizer o indizivel. Mas no desafio de dizer a palavra seria a materia do poema e a imagem a materia do cinema? Sendo assim, cada macaco no seu galho! Falacias. O universo artistico vai muito alem da maneira como dizer. A literatura e ampliacao de significados. A arte reinventa o mundo e desta maneira reinventa-se a si mesma. Nosso objetivo com este trabalho e mostrar, a partir das imagens ou palavras do filme O Livro de cabeceira do cineasta irlandes Peter Greenaway, a poesia; ou seria o contrario? Assim provocamos o debate com uma afirmacao do poeta Manoel de Barros: “imagens sao palavras que nos faltaram. Poesia e

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