Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Feitiçaria e esfera pública: Estado e cultura no pós-guerra angolano

2016; Volume: 9; Issue: 16 Linguagem: Português

10.11606/issn.1983-6023.sank.2016.110351

ISSN

1983-6023

Autores

Luena Nunes Pereira,

Tópico(s)

African Sexualities and LGBTQ+ Issues

Resumo

Este texto analisa diferentes formas de percepção sobre a feitiçaria assumidas emdois Estados africanos através do debate público sobre acusações de feitiçaria em Angola e África do Sul. A análise parte da descrição dos processos de produção e apropriação de dois relatórios antropológicos realizados nestes países. Estes relatórios procuraram explicar a “reemergência” de acusações em seus contextos nacionais e sugerir políticas públicas para evitar e controlar ataques a supostos feiticeiros. Comparo o “Relatório Ralushai”, vindo a público na África do Sul em 1996, com o relatório produzido em Angola entre 2001 e 2003, mas não publicado, que chamarei de “Relatório Friedman-Nsenga”. As formas de tratamento que cada relatório recebeu permitem perceber o lugar do debate público sobre feitiçaria nos dois países revelando as tensões entre perspectivas modernizantes e as de defesa do direito tradicional e da diversidade cultural.

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