Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

OS SENTIMENTOS GERADOS NOS (AS) PROFISSIONAIS ENFERMEIROS (AS) DIANTE O PROCESSO MORTE/ MORRER DO PACIENTE

2016; ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA; Volume: 4; Issue: 2 Linguagem: Português

10.17267/2317-3378rec.v4i2.256

ISSN

2317-3378

Autores

Larissa de Carvalho Silveira, Maiara Brandão de Brito, Sandra Dutra Cabral Portella,

Tópico(s)

Grief, Bereavement, and Mental Health

Resumo

As atitudes de negação da finitude humana na sociedade ocidental atualmente constituem-se como reflexo de uma construção sociocultural e histórica. A influência cultural e a visão de uma enfermagem curativista dificultam a elaboração do luto durante o enfrentamento da morte do paciente provocando nos enfermeiros(as) sentimentos de fracasso, incapacidade e incompetência. O trabalho desenvolvido pela enfermagem revela-se cansativo desgastante, devido a convivência com a dor, sofrimento e morte dos clientes. Tais questões contribuem para o desgaste emocional – provocando o estresse. Desgaste no humor e desmotivação acompanhado de sintomas físicos e psíquicos acarretam um processo gradual para o agravamento do estresse entre outros sentimentos que podem evoluir para um desgaste emocional crônico, a Síndrome de Burnout. Este estudo tem por objetivo analisar as produções científicas que abordam os sentimentos gerados nos enfermeiros (as) durante o processo morte/morrer do paciente. Trata-se de uma pesquisa do tipo revisão integrativa de caráter exploratório. Os artigos analisados encontram-se indexados nas bases de dados do Sciello e Lilacs. O período de estudo circunscreveu entre os anos 2001 a 2011. Os principais achados deste estudo possibilitaram uma análise sobre a produção científica em seis categorias: negação da morte e os sentimentos em relação ao fim da vida, desconforto durante o preparo do corpo, relação dos avanços tecnológicos com a obstinação terapêutica, dor incontrolável do paciente, despreparo do enfermeiro no enfrentamento da morte e sofrimento psíquico. Constatou-se que o despreparo do enfermeiro (a) reflete em um cuidado deficitário que gera situações (des)humanas e prejudiciais ao cuidado humano no fim da vida, revelando-se um “descuidado” do profissional que cuida.

Referência(s)