Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

“Na estepe”, de Samanta Schweblin: um exemplo de fantástico contemporâneo, na sequência do cânone consagrado por Cortázar

2016; Unversidade Federal do Rio de Janeiro; Volume: 18; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/1517-106x/181-65

ISSN

1807-0299

Autores

Flavio García,

Tópico(s)

Literature, Culture, and Criticism

Resumo

Resumo A poética de Samanta Schewblin, no conto “Na estepe”, apresenta um esquema mecânico e reiterado no uso de procedimentos próprios dos discursos fantásticos contemporâneos, como, em especial, a falta de informações sobre o objeto que motiva a narração, o que se constitui canônico desde “Casa tomada”, de Julio Cortázar. Nesse caso, o emprego do “sujeito tácito” (nome implícito) cria a atmosfera fantástica, inquietante etc., estratégia semelhante a de um nome explicitado, mas do qual o leitor ignora o referente. Esses são procedimentos bastante estudados em relação a Cortázar, que os emprega bastante. A adoção desse recurso por Cortázar justifica as afirmações dos críticos de que Schewblin segue a tradição consagrada por seu ilustre predecessor. É essa a perspectiva a partir da qual se pretende ler “Na estepe”, de Samanta Schewblin, entre mundos possíveis da ficção fantástica.

Referência(s)