Molecular diagnosis of allergy: ready for clinical practice?

2013; Volume: 1; Issue: 4 Linguagem: Português

10.5935/2318-5015.20130024

ISSN

2358-2901

Autores

L. Karla Arruda, Adriana S. Moreno, Fátima Ferreira,

Tópico(s)

Contact Dermatitis and Allergies

Resumo

O diagnostico molecular de alergia vem se tornando cada vez mais bem estabelecido na pratica de Alergia. Entretanto, muitos dos alergistas em sua pratica clinica ainda tem dificuldades em definir a utilidade desta nova ferramenta no diagnostico de alergia e em determinar as indicacoes deste metodo ao inves de, ou como complemento de metodos diagnosticos tradicionais como o teste cutâneo de hipersensibilidade imediata e a dosagem serica de anticorpos IgE contra extratos naturais. Alem disso, a interpretacao dos resultados pode ser um desafio para alguns. O diagnostico molecular se baseia na utilizacao de alergenos purificados, que podem ser naturais, quando sao purificados por metodos bioquimicos e/ou imunoquimicos a partir de sua fonte alergenica natural (ex. acaros, fungos, animais, venenos de insetos, etc.) ou recombinantes, quando sao produzidos no laboratorio por tecnologia de clonagem molecular, utilizando-se varios sistemas de expressao recombinante como bacteria (ex. Escherichia coli) ou levedura (ex. Pichia pastoris). A possibilidade de producao de alergenos recombinantes em larga escala e em alto grau de pureza tem facilitado de forma marcante o desenvolvimento de novos metodos para diagnostico de alergia. Para muitos alergenos, a purificacao a partir da fonte natural requer grande quantidade de materia prima, e resulta em pequenas quantidades do produto final apos as varias etapas de purificacao. Atualmente, a maior parte dos alergenos principais, e mesmo muitos dos alergenos menores das mais variadas fontes podem ser purificados de suas fontes naturais ou, mais frequentemente, produzidos como proteinas recombinantes, de acordo com metodos bem consolidados, de forma a possibilitar a utilizacao desses alergenos comercialmente em testes diagnosticos. Portanto, estamos atualmente dando passos importantes na direcao da incorporacao da Alergia Molecular em nossa pratica clinica1. Apenas 2% das proteinas identificadas na natureza que foram sequenciadas tem propriedade de atuar como alergenos, ou seja, induzem a producao de anticorpos IgE e causam ativacao de celulas, particularmente mastocitos e basofilos. De forma interessante, esses alergenos pertencem a um numero pequeno de familias e possuem uma quantidade limitada de funcoes biologicas2. Esse conhecimento e importante para a avaliacao de reatividade cruzada, para o estudo das propriedades bioquimicas, particularmente estabilidade a temperatura e a digestao em meio acido, que sao importantes na alergia alimentar, e para definir o potencial de certas familias de proteinas em causar reacoes alergicas graves, particularmente anafilaxia. Correspondencia para: Luisa Karla Arruda E-mail: karla@fmrp.usp.br Editorial

Referência(s)