FLEXÃO E DERIVAÇÃO – DOIS PROCESSOS MORFOLÓGICOS
2010; UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS; Volume: 12; Issue: 1 Linguagem: Português
10.5216/lep.v12i1.11782
ISSN2358-1042
Autores Tópico(s)Linguistics and Language Studies
ResumoEmbora devemos, e muito, aos estudos efetuados pelos gregos – Platao, Aristoteles, os estoicos e os sabios alexandrinos – e interessante observar que nenhum deles percebeu a distincao entre os processos morfologicos da flexao e da derivacao. Estes dois processos foram por eles tratados como se fizessem parte do mesmo fenomeno, considerados apenas como variacao sofrida pelas palavras. Tomaram o tempo, o modo, pessoa, numero nos verbos, ou genero, numero, caso nos nomes, ao lado da formacao de adverbios derivados de adjetivos, grau dos nomes, superlativo dos adjetivos, ou ainda outros casos de derivacao propriamente dita, como o fez Dionisio da Tracia, englobando genero, numero, caso (proprios do processo de flexao) e tipos (primitivo e derivado – proprios do processo de derivacao), com se fosse tudo isso uma coisa so e por ele denominado de parepomena. Para Robins (1979, p. 27), “os parepomena referem-se de modo coletivo a diferencas gramaticais relevantes das formas das palavras, incluindo categorias flexionais e derivacionais. Todas as alteracoes das formas das palavras eram tratadas como sendo variacoes vocabulares. E proposito, do presente texto, efetuar uma discussao sobre esses dois processos morfologicos – flexao e derivacao –, buscando as propriedades distintivas que caracterizam cada um deles e procurando estabelecer-lhes os limites.
Referência(s)