Uma Leitura de Pessoa por Drummond: Sonetilho do Falso Fernando Pessoa

2012; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ; Linguagem: Português

10.13115/2236-1499.2012v1n7p49

ISSN

2236-1499

Autores

Cristina de Fátima Lourenço Marques,

Tópico(s)

Linguistic Studies and Language Acquisition

Resumo

Resumo: No poema “Sonetilho do Falso Fernando Pessoa” de Claro Enigma, o poeta Drummond nos apresenta uma interpretacao do fenomeno da heteronimia pessoana (“E das peles que visto / muitas ha que nao vi” ou “Sem mim como sem ti / posso durar”). Nessa interpretacao drummondiana da heteronimia existe uma reinterpretacao da condicao do poeta moderno do periodo posguerra. O poeta que nem vendeu a alma, nem e o signo do mal (“nem Fausto nem Mefisto”) mas antes o gauche marginalizado que na sua introspeccao busca a consciencia de sua personalidade ou alma (“oaristo”). Partindo dessa leitura, buscamos demonstrar as relacoes no estrato fonico e formal do poema como resultado de uma correlata associacao entre forma e expressao no poema. Analisamos a recorrencia do som fonema vocalico “i” no poema e o relacionamos aos aspectos referentes a um jogo entre passado e presente, existir e nao existir. Depois elencamos o oximoro e antitese como figuras determinantes do poema, o que nos permite a ligacao entre o “Ulysses” de Fernando Pessoa e o poema de Drummond a partir da famosa leitura de Roman Jakobson do poema pessoano (“Os Oximoros Dialeticos de Fernando Pessoa”).

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