
“A Memória é Subversiva”. A Comissão Nacional da Verdade, a Memória dos Anos de Chumbo e os Processos de Comunicação no Brasil
2014; UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO; Volume: 35; Issue: 2 Linguagem: Português
10.15603/2175-7755/cs.v35n2p27-40
ISSN2175-7755
Autores Tópico(s)Brazilian cultural history and politics
ResumoO tema do ciclo de seminarios que estimulou este texto, Comunicacao e Democracia: 50 anos do Golpe Militar de 1964, t raz com ele tres palavras: memoria, verdade, justica. As tres estao conectadas. Estamos falando de um passado mal resolvido, que deixou marcas, feridas que ainda nao foram cicatrizadas. Sao feridas abertas porque o passado nao foi construido com verdade e com justica. Nos processos de comunicacao dessa historia, geracoes aprenderam que a palavra ditadura nao era adequada para falar desse tempo vivido - utilizava-se a palavra revolucao. Era uma forma de silenciar a memoria. E, neste caso, mentir (revolucoes sao, certamente, de outra natureza...). Como as feridas abertas nesse passado feito de injustica, repressao, exclusao e crueldade com as prisoes arbitrarias, a tortura e a morte poderiam ser curadas com falseamento da verdade e com o apagamento da memoria?
Referência(s)