Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Complicações cardíacas em cirurgia vascular

2016; Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV); Volume: 15; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/1677-5449.003515

ISSN

1677-7301

Autores

Karla Scamardi Martins Pereira, Janaina Oliveira, Francine Correa de Carvalho, Bonno van Bellen,

Tópico(s)

Cardiac Imaging and Diagnostics

Resumo

Resumo Contexto Aproximadamente 60% dos pacientes portadores de doença arterial oclusiva crônica periférica têm doença coronariana grave, sendo que a principal causa de morte no pós-operatório de cirurgia vascular de grande porte é o infarto agudo do miocárdio. Objetivos Determinar a prevalência da doença coronariana em pacientes submetidos a cirurgia vascular eletiva de grande porte e sua relação com as complicações cardiológicas pós-operatórias. Métodos Foram analisados 200 pacientes submetidos a cirurgia vascular arterial eletiva: doença obstrutiva carotídea, aortoilíaca e femoropoplítea distal e doença aneurismática de aorta abdominal e de artérias ilíacas. Os pacientes constituíram três grupos: grupo I, sem doença coronariana; grupo II, com doença coronariana assintomática; e grupo III, com doença coronariana sintomática. As complicações cardiológicas consideradas foram infarto agudo do miocárdio fatal e não fatal, insuficiência cardíaca congestiva, choque cardiogênico, fibrilação atrial aguda e outras arritmias. Resultados Complicações cardíacas ocorreram em 11 pacientes (5,5%): três infartos agudos do miocárdio não fatais (1,5%) sempre em pacientes do grupo III. A complicação cardíaca mais frequente foi arritmia (exceto fibrilação atrial) ocorrida em cinco (2,5%) pacientes, sendo três do grupo II. A mortalidade precoce foi de nove pacientes (4,5%). Apenas uma morte foi decorrente de problema cardíaco: choque cardiogênico em paciente do grupo III. Conclusões A doença coronariana não foi preditora de óbito nos pacientes submetidos a cirurgia vascular periférica de grande porte. A sobrevida dos pacientes com ou sem doença coronariana não mostrou diferenças estatísticas.

Referência(s)