Novas contribuições para a história da língua portuguesa: ainda os limites do português arcaico
2007; Volume: 2; Linguagem: Português
10.35520/diadorim.2007.v2n0a3853
ISSN2675-1216
Autores Tópico(s)Historical Linguistics and Language Studies
ResumoNeste artigo retoma-se o tema do limite inicial e final do período arcaico da língua portuguesa. O estabelecimento do limite inicial, uma vez reaberta a questão pelo linguista galego Souto Cabo, aponta Pacto de Gomes Pais e Ramiro Pais de 1173 como o documento mais antigo e não Notícia de Fiadores de 1175, como demonstrou a lingüista portuguesa Ana Maria Martins (Universidade de Lisboa). Para o limite final, foram considerados fatos sintáticos como a definição da oposição ser/estar, ter/haver, os dois últimos como verbos de posse; a posição dos clíticos, a indeterminação expressa por homem e os anafóricos arcaicos en(de) e (h)i. Além de se estabelecer a oposição ser/estar e ter/haver, a próclise supera a ênclise e desaparecem o uso de homem como indeterminador e dos anafóricos en(de) e (h)i em meados do século XVI.
Referência(s)