Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Histeria ainda hoje, por quê?

2016; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 27; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/0103-656420140039

ISSN

1678-5177

Autores

Dayse Santos Costa, Charles Elias Lang,

Tópico(s)

Social Representations and Identity

Resumo

Resumo Estudo teórico que teve o propósito de discutir a histeria na contemporaneidade, considerando as mudanças culturais que podem ter acorrido desde a fundação da psicanálise até hoje. A discussão teve como cerne os apontamentos de Charles Melman, posto que seja um psicanalista que vem pensando a posição do sujeito nas condições da cultura ocidental atual. Foram destacados aspectos que nos conduziram a elaborar um pensamento em torno de como a neurose histérica aparece no contexto contemporâneo. Partimos do princípio de que sofremos uma mutação cultural, na qual passamos de uma cultura propensa à neurose para uma propensa à perversão. Tal concepção determina que lidamos com sujeitos que funcionam sob a ordem de uma nova economia psíquica e que em decorrência assistimos a expressão de uma histeria coletiva que, por sua vez, seria espaço de reivindicação dos sujeitos, a fim de requisitar um paradeiro e reinventar um pai que já esteja destituído.

Referência(s)