Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Potencial cicatricial da Bixa orellana L. em feridas cutâneas: estudo em modelo experimental

2016; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; Volume: 68; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/1678-4162-8374

ISSN

1678-4162

Autores

S.O. Capella, Mariana Teixeira Tillmann, Atadokpede Felix, Eduardo Garcia Fontoura, Cristina Gevehr Fernandes, Rogério Antônio Freitag, Marco Aurélio Ziemann dos Santos, Samuel Rodrigues Félix, Márcia de Oliveira Nobre,

Tópico(s)

Pomegranate: compositions and health benefits

Resumo

O uso de fitoterápicos é uma alternativa de baixo custo e de fácil acesso para o tratamento de feridas cutâneas. Objetivou-se avaliar a ação do extrato oleoso de urucum na cicatrização de feridas cutâneas abertas. Inicialmente, identificaram-se os principais ácidos graxos do óleo de urucum. Foi realizado ensaio citotóxico para determinar as concentrações a serem utilizadas no ensaio in vivo. No experimento, feridas cutâneas em ratos Wistar foram diariamente tratadas com: extrato de urucum 0,1% (U 0,1%), extrato de urucum 0,01% (U 0,01%), vaselina (V) e solução fisiológica (SF), por até 21 dias. Aos quatro, sete, 14 e 21 dias, foi avaliada clinicamente a presença de exsudato, crosta e epitelização. Determinaram-se as áreas da lesão, e amostras de pele, fígado e rins foram coletadas para avalição histológica. Aos 21dias, amostras de pele foram coletadas para análise tensiométrica. Clinicamente, todos os grupos de tratamento apresentaram evolução cicatricial fisiológica. Os grupos U 0,1% e U 0,01% apresentaram maior presença de epitelização aos sete dias e maior retração cicatricial aos quatro dias. Na histologia, U 0,1% e U 0,01% apresentaram aos quatro e sete dias maior quantidade de fibrina e inflamação que V e SF, e, nos demais momentos, não houve diferenças entre os grupos. Quanto à fase cicatricial, aos quatro dias todos os grupos encontravam-se na fase inflamatória, aos sete dias U 0,1% e U 0,01% permaneciam na fase inflamatória, diferindo de SF e V, que se caracterizavam na fase proliferativa. Aos 14 dias, os grupos apresentavam-se em transição de fase proliferativa para maturação e, aos 21dias, estavam todos na fase de maturação. Os grupos tratados com urucum expressaram menor resistência à tensão que V e SF. Concluiu-se com este estudo que o extrato oleoso de urucum acelera o processo cicatricial nos primeiros dias, mas proporciona uma cicatriz de baixa qualidade.

Referência(s)