Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Helena Antipoff e a educação dos “excepcionais”: uma análise do trabalho como princípio educativo

2012; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS; Volume: 9; Issue: 33 Linguagem: Português

10.20396/rho.v9i33.8639565

ISSN

1676-2584

Autores

Heulália Charalo Rafante, Roseli Esquerdo Lopes,

Tópico(s)

Historical Education and Society

Resumo

Trata-se de uma pesquisa histórica, baseada em fontes documentais, cuja análiseacompanhou os primeiros anos da trajetória da educadora russa Helena Antipoff no Brasil,focando suas atividades no sistema de ensino mineiro, especialmente, nas instituiçõescriadas por ela para atender a crianças consideradas “excepcionais”: a Sociedade Pestalozzi(1932), o Pavilhão de Natal (1934), o Instituto Pestalozzi (1935) e a Fazenda do Rosário(1940). Investigamos os mecanismos de seleção daqueles atendidos nessas instituições ecaracterizamos o perfil e a trajetória dos internos; analisamos os princípios educativoscolocados em práticas nessas instituições. Partimos do conceito de institucionalização,entendido como um instrumento dos setores dominantes da sociedade para conservar aordem vigente, no sentido de detectar o diferente e isolá-lo, numa estrutura de organizaçãosocial que produz a contradição. Uma vez institucionalizados, a formação dos internosvisava prepará-los para o trabalho e este era o fio condutor das atividades, substituindo osestudos e as brincadeiras. Essa educação visava à produção da adaptação dos internos auma realidade social pré-estabelecia, sendo, portanto, a educação ‘apenas’ um meio para,de fato, proteger e conservar o ordenamento social.

Referência(s)