A Revolução de 25 de janeiro de 2011, 5 anos depois – um balanço
2016; UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO; Volume: 8; Issue: 1 Linguagem: Português
10.18315/argumentum.v8i1.12631
ISSN2176-9575
Autores Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoA luta entre as massas se rebelando e o antigo regime e o destino de todas as revolucoes na historia. Esta rebeliao tem mobilizado principalmente as forcas da contra-revolucao, tanto a forca violenta e brutal, bem como o poder do pensamento delicado estrategico, o que me refiro como a “classe pensante”. No caso do Egito 2011, essa luta foi muito clara desde o primeiro dia. O Conselho Supremo das Forcas Armadas (CSFA) tinha sacrificado Muhammad Hosni Said Mubarak para proteger ou mesmo salvar todo o regime de maior radicalizacao do movimento popular. A lideranca militar tem, de fato, saudado teatralmente com honras militares os martires da grande revolucao, mas ao mesmo tempo eles tem severamente resistido a quaisquer reivindicacoes deste movimento. Toda realizacao so foi possivel gracas as missoes de combate em massa. Duas manifestacoes com mais de um milhao de manifestantes em marco de 2011 eram necessarias para derrubar o candidato do gabinete de Mubarak. Mais duas seguiram para prender os filhos de Mubarak e sua camarilha e traze-los ao tribunal em abril. E por isso ter acontecido, essa onda revolucionaria teve de continuar com o impulso inalterado ate julho de 2011. A maxima do CSFA foi, portanto; fazer concessoes minimas para as forcas revolucionarias e reter o maximo das velhas estruturas de poder. Para que essa tatica funcionasse, o SCAF entrou em uma alianca com o poder politico, a unica forca na classe, que de fato disputa o regime de Mubarak sobre a sua participacao no poder, a Irmandade-Muculmana (Muslim-Brotherhood) e todos os outros grupos do islamismo politico.
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