A PESCA OCEÂNICA NO BRASIL NO SÉCULO 21

2009; UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ; Volume: 2; Issue: 1 Linguagem: Português

10.18817/repesca.v2i1.34

ISSN

2175-3008

Autores

Fábio Hissa Vieira Hazin, Paulo Travassos,

Tópico(s)

Coastal and Marine Management

Resumo

As capturas de atuns e especies afins no Oceano Atlântico, incluindo as albacoras (laje, branca e bandolim), o bonito listrado, o espadarte (meka), os agulhoes (branco, negro, vela e verde), diversas especies de tubarao (principalmente o tubarao-azul), alem de outros peixes como a cavala, o dourado e o peixe-prego, tem, nos ultimos anos, oscilado em torno das 500.000 t. Em 2004, a frota atuneira nacional, composta por embarcacoes brasileiras e estrangeiras arrendadas, capturou 44.640 t, ou o equivalente a cerca de 9% do total capturado no Atlântico. Em 2005, este montante subiu para 48.900t, representando um incremento proximo a 10%. Do ponto de vista do resultado economico, entretanto, uma vez que aproximadamente a metade da producao nacional e constituida por bonito-listrado, uma das especies de atum mais costeiras e de menor valor comercial, a participacao brasileira no rendimento proporcionado por esta pesca, em torno de US$ 4 bilhoes/ano, certamente se situou bem abaixo dos 5%. Considerando-se a proximidade estrategica do Pais em relacao as rotas migratorias dos principais estoques de atuns e afins no Atlântico Sul, alem da grande extensao de sua costa, com cerca de 8.500 km, fica claro que a posicao atualmente ocupada pelo pais no cenario da pesca oceânica no Atlântico nao se justifica. Neste contexto, o presente trabalho apresenta uma breve descricao da evolucao e atual situacao da pesca de atuns e afins no pais, abordando os principais aspectos estrategicos que devem ser considerados para promover o desenvolvimento sustentavel desta atividade no Brasil.

Referência(s)