Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

A RACIALIZAÇÃO DOS CELTAS NA CULTURA LETRADA VITORIANA

2016; UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI; Volume: 4; Issue: 3 Linguagem: Português

10.47295/mgren.v4i3.992

ISSN

2317-0433

Autores

Raimundo Expedito dos Santos Sousa,

Tópico(s)

Cultural, Media, and Literary Studies

Resumo

Atento à contribuição da elite letrada para o imperialismo britânico, este trabalho investiga, mediante exame de textos ficcionais e ensaísticos de escritores e críticos literários vitorianos como Alfred Tennyson e Mathew Arnold, a instrumentalidade do gênero na invenção da diferença racial que procurou justificar a colonização da Irlanda. Por meio das fontes investigadas, observamos que os celtas eram feminizados como antíteses dos “másculos” anglo-saxões devido à sua suposta debilidade emocional e intelectual, sendo, portanto, equiparados às mulheres metropolitanas em representações que amalgamavam racismo e sexismo. Graças à concatenação entre estereótipos de raça e gênero, a antinomia masculino/feminino facultou a elaboração de disjunções que visavam naturalizar assimetrias entre império e colônia sob os álibis da complementaridade e hierarquia “naturais” entre os sexos. DOI: https://doi.org/10.47295/mgren.v4i3.992

Referência(s)