Mandrágora: raiz humana da esperança, remédio para o amor
2009; Volume: 14; Issue: 14 Linguagem: Português
10.15603/2176-0985/mandragora.v14n14p9
ISSN2176-0985
Autores Tópico(s)Psychology and Mental Health
Resumo* Teologa, mestranda em Ciencias da Religiao pela Universidade Metodista de Sao Paulo (Umesp). Seu projeto de pesquisa, na area de Antigo Testamento, aborda o tema “Mandragoras e terafins: mitos e ritos na cultura de Israel a partir de Genesis 25 a 36”. 1 Figura extraida de: http://www.mind-surf.net/drogas/imagenes/identifica-mandragora-b.jpg. Mandragora nasceu para abrir um novo campo para a reflexao de assuntos sobre genero e religiao. Como a planta que lhe empresta o nome, a revista nasceu com uma raiz humana, fazendo brotar, ao longo do caminho, por meio de seus textos, uma nova historia que vai alem das diferencas, das desigualdades e da dominacao. Assim e, tambem, a mandragora. Planta da familia das solanaceas, a Mandragora officinarum e nativa do Mediterrâneo, de caule muito curto, com uma roseta de folhas, de cujo centro alteiam-se hastes de flores de coloracao entre o violeta e o azul. A raiz, frequentemente bifurcada, possui contornos de uma forma humana — mais especificamente, a de uma mulher — e, sendo grossa e carnuda, assemelha-se a um par de pernas. Conhecida ha milhares de anos, foi muito utilizada na Antiguidade e na Idade Media, em manipulacoes, quer na medicina, quer na feiticaria e nas religioes campesinas e entre os escravos, por conter propriedades — extraidas de suas folhas e raiz dissolvidas ou maceradas em leite ou alcool — afrodisiacas, analgesicas, narcoticas e alucinogenas. Na cultura monojavista do seculo IX a.C., a referencia as mandragoras nao era considerada idolatria. Assim, elas exerceram papel importante na formacao sociocultural dos povos, sendo encontradas, frequentemente, nos mitos e ritos pertencentes a vida seminomade da epoca. Na Biblia, a mandragora e referida em dois textos:
Referência(s)