Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Objeção de Consciência e Aborto Legal: Atitudes de Estudantes de Medicina

2016; Associção Brasileira de Educação Médica; Volume: 40; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/1981-52712015v40n1e02382014

ISSN

1981-5271

Autores

Alberto Pereira Madeiro, Andréa Cronemberger Rufino, Paloma Santos, Geisa Bandeira, Isadora Freitas,

Tópico(s)

Male Reproductive Health Studies

Resumo

RESUMO Introdução No Brasil, o aborto é permitido em caso de risco de morte da mulher, gravidez decorrente de estupro e anencefalia fetal. Objetivo O objetivo deste trabalho foi avaliar as atitudes de estudantes de Medicina em relação à objeção de consciência ao aborto legal. Métodos Todos os estudantes das escolas médicas do Piauí foram convidados a responder a um questionário eletrônico e anônimo com perguntas sobre características sociodemográficas, objeção de consciência ao aborto e obrigações éticas em caso de recusa. Resultados A taxa de resposta foi de 66,7% (n = 1.174). Enquanto 13,2% dos estudantes apresentariam objeção de consciência por risco de morte da mulher, 31,6% objetariam quando houvesse anencefalia fetal e 50,8% em caso de estupro. Na recusa do aborto por estupro, 54% não encaminhariam a mulher a outro profissional e 72,5% não explicariam a ela as opções de tratamento. Religião foi a única característica associada à recusa para o aborto. Conclusões A objeção de consciência no aborto por estupro foi mais frequente do que nas outras circunstâncias previstas pela legislação brasileira. Os estudantes com religião estiveram mais associados à recusa.

Referência(s)