Antropocentrismo, Sencientismo e Biocentrismo: Perspectivas Éticas Abolicionistas, Bem-Estaristas e Conservadoras e o Estatuto de Animais Não-Humanos

2009; UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO; Volume: 1; Issue: 1 Linguagem: Português

10.15603/2175-7747/pf.v1n1p2-30

ISSN

2175-7747

Autores

Sônia T. Felipe,

Tópico(s)

Environmental Sustainability and Education

Resumo

Se a questao e a do estatuto de animais nao-humanos frente a comunidade dos agentes morais racionais, a etica pratica contemporânea esta delineada por tres vertentes: a tradicional, antropocentrico-hierarquica nao admite para animais nao-humanos qualquer possibilidade de constituirem a comunidade moral como sujeitos de direitos morais; a utilitarista, senciocentrica, admite o ingresso na comunidade moral de todos os seres dotados de sensibilidade e consciencia; a biocentrica, ao deslocar o eixo da etica, destituindo o agente da liberdade absoluta de decidir e agir buscando apenas os beneficios dos humanos, admitindo a inclusao na comunidade moral de todo e qualquer ser vivo, entendendo por “ser vivo” nao a simples condicao de uma coisa viva, como o sao, por exemplo, as sementes e os frutos, mas a de alguem que, para viver, precisa reconhecer seus interesses e agir de modo a alcancar o proprio bem, preservando-se e aos seus. Neste trabalho, sao apresentados os argumentos que fundamentam cada uma das tres perspectivas eticas, e apontado seu alcance e limites no que se refere a atender aos interesses de animais e ecossistemas naturais.

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