
A RAINHA QUELÉ: RAÍZES DO EMPRETECIMENTO DO SAMBA
2016; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ; Volume: 63; Issue: 2 Linguagem: Português
10.5380/his.v63i2.46705
ISSN2447-8261
Autores Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoNeste artigo analiso o advento de Clementina de Jesus ao cenáculo artístico na década de 1960. Seu surgimento possibilitou que certo nacionalismo de esquerda, até então propugnado de modo unívoco por um grupo de intelectuais e ativistas das artes populares, descobrisse uma nova feição, a que viria a ser considerada a mais “autêntica”: a afro-negro-brasileira. A partir deste ponto abria-se uma via aos movimentos negros e aos construtos que davam conta da categorização do outrora “nacional-universal” samba: o “verdadeiro” samba encontrava doravante a sua raiz exclusivamente afro-negra, ao passo que, de outro lado, o que se pode denominar imprecisa e vagamente de “cultura” afro-brasileira – ideário que em partes subsidiou a formação do Movimento Negro Unificado – o seu símbolo-mor nas artes nos anos 1970-80: o samba “verdadeiro”.
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