Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Méritos e limites da teoria da escolha racional como ferramenta de interpretação do comportamento social e político

2016; UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS; Volume: 52; Issue: 1 Linguagem: Português

10.4013/csu.2016.52.1.12

ISSN

2177-6229

Autores

Mauro Macedo Campos, Hugo Borsani, Nilo Lima de Azevedo,

Tópico(s)

Social and Economic Solidarity

Resumo

Este artigo traz uma releitura da teoria da escolha racional, em que se busca destacar a sua capacidade de auxiliar no entendimento das relacoes e problemas sociais. O objetivo principal e apresentar de forma clara e sintetica, para distintos publicos das ciencias sociais, os principais conceitos da teoria da escolha racional, usualmente colocada como teoria hard. A ideia e apontar as virtudes e restricoes dessa teoria. Esta abordagem teorica considera como ponto central para a compreensao dos sistemas sociais a acao individual, a partir de motivacoes autonomas e racionais, considerando as instituicoes como os elementos informativos e conformadores das opcoes disponiveis para as escolhas individuais e/ou coletivas. Neste sentido, a racionalidade e vista como uma forma de maximizacao das preferencias de agentes dotados de calculo utilitarista. Tais preferencias sao dadas em funcao do grau de conhecimento sobre o conjunto de opcoes disponiveis. Assumindo a premissa da racionalidade, que supoe escolhas com o objetivo de satisfazer preferencias e nao de contraria-las, a teoria da escolha racional considera que os individuos possuem a capacidade de fazer associacoes entre os meios, disponiveis e conhecidos, e os fins que almejam. Portanto, as escolhas racionais se aproximam de um ponto otimo, em que pese a sua capacidade de atingir esse grau de satisfacao. Em outras palavras, a utilizacao da racionalidade estrita no campo das escolhas sociais nem sempre fara com que os resultados esperados sejam otimos e maximizadores da utilidade ou bem-estar. Pode ocorrer que acoes racionais apresentem efeitos negativos nao esperados em funcao das assimetrias informacionais, da posicao no espectro decisorio e/ou de erros de calculo. Revisitar estes conceitos e o proposito deste artigo, de modo a oferecer ao leitor um entendimento mais acessivel sobre os alcances e restricoes da teoria da escolha racional. Palavras-chave: racionalidade, acao coletiva, escolha publica.

Referência(s)