Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Carcinoma de Células Escamosas da Boca: Concordância Diagnóstica em Exames Realizados no Laboratório de Anatomia Patológica da Universidade Federal de Alfenas

2012; Volume: 58; Issue: 4 Linguagem: Português

10.32635/2176-9745.rbc.2012v58n4.568

ISSN

2176-9745

Autores

Antônio Camilo de Souza Cruz, Solange de Oliveira Braga Franzolin, Alessandro Antônio Costa Pereira, Luiz Alberto Beijo, João Adolfo Costa Hanneman, Júlia Rosental de Souza Cruz,

Tópico(s)

Salivary Gland Tumors Diagnosis and Treatment

Resumo

Introdução: O câncer da cavidade bucal está entre as dez neoplasias mais frequentes na população brasileira. E diagnosticado na maioria dos casos em estágios avançados, dificultando o tratamento e reduzindo o índice de sobrevida dos pacientes. Objetivo: Aferir a concordância entre os diagnósticos clínicos, histopatológicos das biopsias e das peças cirúrgicas do carcinoma de células escamosas da boca. Método: Realizou-se um estudo retrospectivo entre janeiro de 2000 e dezembro de 2010, utilizando laudos histopatológicos emitidos pelo Laboratorio de Anatomia Patológica da Universidade Federal de Alfenas, Minas Gerais, Brasil e os prontuários hospitalares dos pacientes tratados. Para que fosse determinada a concordância, os diagnósticos clínicos foram confrontados com os histopatológicos da biopsia e estes com o exame das peças cirúrgicas removidas no tratamento. Resultados: A maior incidencia de CCE ocorreu em pacientes brancos, gênero masculino, com idade entre 50 a 60 anos, solteiros, lavradores ou domésticas, cursaram apenas o ensino fundamental, baixo nível socioeconômico, tabagistas e/ou etilistas. Os sítios anatômicos mais comuns das lesoes foram assoalho bucal e língua. O vestíbulo da boca e o palato foram os sítios menos frequentes. A concordância entre os diagnósticos clínico/histopatológico foi de 71,2% e entre o histopatológico e o exame da peça cirúrgica 87,1%. Conclusão: Observou-se expressiva concordância entre o diagnóstico. Entretanto, são necessários novos levantamentos que comparem o resultado dos exames da peça cirúrgica removida no tratamento com as características clínicas.

Referência(s)