O biscateiro flutuante: a saga de um inventivo e “isolado” construtor de artefatos na cidade do Rio de Janeiro
2008; UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ; Volume: 4; Issue: 7 Linguagem: Português
10.3895/rts.v4n7.2522
ISSN1984-3526
AutoresLuiz Arthur Silva de Faria, Paulo Henrique Fidelis Feitosa,
Tópico(s)Education and Public Policy
ResumoO presente artigo, através da história da construção de uma casa flutuante, erguida pelo “biscateiro” Luiz Fernando Barreto de Queiroz Bispo, entre a favela da Maré (comunidade periférica do Rio de Janeiro) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), desenvolve uma reflexão acerca de saberes populares e científicos, tangenciando a questão da interação entre universidades brasileiras e populações vizinhas, em especial aquelas ditas marginalizadas. Fazendo analogias entre o estudo das redes tecnocientíficas na visão dos Estudos CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade) e o caso brasileiro, onde milhões vivem apartados do que aqui chamamos redes formais, o artigo tenta esboçar caminhos para que esta população, “excluída”, se faça presente e inclua variáveis nas equações que regem os processos formais de nossa sociedade. Nesse sentido, o caso em estudo aponta para uma valorização da inventividade – transformadora, indisciplinada – como ferramenta para que “os 'de fora' entrem”.
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