
Medicalização: uma crítica (im)pertinente? Introdução
2015; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Volume: 25; Issue: 4 Linguagem: Português
10.1590/s0103-73312015000400011
ISSN1809-4481
AutoresSérgio Resende Carvalho, Camila de O. Rodrigues, Fabrício Donizete da Costa, Henrique Sater de Andrade,
Tópico(s)Psychology and Mental Health
ResumoNo artigo, interrogamos o conceito de medicalização, explorando as possibilidades abertas pelos escritos de Michel Foucault. A partir desse referencial, buscamos analisar a Medicina enquanto uma estratégia de saber e poder que responde a múltiplos e variados interesses em disputa no campo social. Realizamos breve levantamento sobre algumas concepções centrais concernentes à tradição crítica do fenômeno da medicalização e procuramos, sob a influência dos estudos arqueogenealógicos foucaultianos, repensar algumas dessas afirmações. Dialogamos, complementarmente, com autores que vêm realizando, no Brasil e no exterior, um esforço de reflexão crítica sobre a medicalização, discutindo, entre outros, o uso genérico do conceito, seu caráter produtivo, a inexistência de um sentido a priori e a atualização do fenômeno nos dias atuais através da proposição do conceito de biomedicalização. Concluímos destacando a existência de uma multiplicidade de leituras e formulações sobre o conceito de medicalização, reconhecendo no interior dessas vertentes de conhecimento fortalezas e fragilidades que devem ser amplamente discutidas e analisadas, buscando maior precisão teórica, necessária para se evitar equívocos e potencializar o uso do conceito.
Referência(s)