Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Impacto Orçamentário do Everolimo e Sirolimo para Imunossupressão em Transplantados Hepáticos no Sistema Público de Saúde do Brasil

2015; Elsevier BV; Volume: 18; Issue: 7 Linguagem: Português

10.1016/j.jval.2015.09.427

ISSN

1524-4733

Autores

FC Reis, L.C. Xavier, R.E. Schneiders, EA Bastos, Paulo Henrique Faria Domingues, RF Alexandre, JM Nascimento,

Tópico(s)

Renal Transplantation Outcomes and Treatments

Resumo

Avaliar o impacto orçamentário dos inibidores de mTOR (sirolimo e everolimo) para a imunossupressão no transplante hepático no Sistema Público de Saúde no Brasil (SUS). Desenhou-se uma coorte para estimar a população passível de uso dos inibidores de mTOR em 2014, considerando o número de transplantes hepáticos realizados no Brasil no período de 1998 a 2013 (dados obtidos do Sistema de Informações do SUS) e a taxa anual de sobrevida de transplantados hepáticos ao longo de 15 anos, extraída de estudo de coorte multicêntrico internacional. Adotou-se a definição de especialistas de que 80% dos transplantados hepáticos usariam esses medicamentos. Dessa população, estimou-se que 50% usariam everolimo e 50% usariam sirolimo, com dose diária de 2 mg e 3 mg, respectivamente. Por se tratar de uma análise sob a perspectiva do Ministério da Saúde, considerou-se o valor pago, em 2014, por essa instituição para a aquisição centralizada desses medicamentos. A taxa de conversão foi de US$ 1 = R$ 3,27. O transplante hepático no SUS foi realizado por 12.058 pacientes, entre 1998 e 2013. Desse total, 7.850 (65%) estariam vivos em 2013 e aptos a receber tratamento com imunossupressores. Considerou-se que 6.280 pacientes (80%) usariam inibidores de mTOR. O gasto anual estimado por paciente com uso do everolimo é de US$ 3.080,66 e US$ 3.047,67 com uso de sirolimo. O impacto orçamentário mostrou que no primeiro ano de incorporação o gasto total será de US$ 19.242.632,75, sendo US$ 9.673.111,10 com everolimo e US$ 9.569.521,65 com sirolimo. O estudo demonstra que a incorporação desses medicamentos não apresenta grande aporte orçamentário ao SUS, mas que deve ser ponderado frente às evidências que respaldem suas utilizações nessa população.

Referência(s)
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