
Consumo de alimentos orgânicos e de produtos light ou diet no Brasil: fatores condicionantes e elasticidades-renda.
2015; Volume: 22; Issue: 1 Linguagem: Português
10.20396/san.v22i1.8641571
ISSN2316-297X
AutoresFabíola Cristina Ribeiro de Oliveira, Rodolfo Hoffmann,
Tópico(s)Consumer Attitudes and Food Labeling
ResumoO expressivo crescimento da variedade de alimentos disponíveis para grande parte dos brasileiros durante o último século não levou, necessariamente, a uma alimentação saudável. Cresce a preocupação com o sobrepeso e a obesidade e com a qualidade dos alimentos, expandindo-se a demanda por alimentos com atributos especiais, como os orgânicos, os light e os diet. O principal objetivo deste artigo é estimar as elasticidades-renda das despesas e do consumo de diversos tipos de alimentos orgânicos e light/diet, comparando-as com as elasticidades-renda dos mesmos tipos de alimentos sem esses atributos especiais. São utilizados os microdados da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2008-2009. As elasticidades são estimadas por meio de um modelo que corresponde a uma poligonal com três segmentos mostrando como o logaritmo da despesa (ou consumo) varia em função do logaritmo da renda familiar per capita. Modelos de lógite estimados mostram que a probabilidade de uma família consumir esses alimentos especiais cresce com a renda e com a escolaridade. A residência urbana contribui para o consumo de alimentos light/diet, mas não para o consumo de produtos orgânicos. A elasticidade-renda dos alimentos orgânicos e dos alimentos light/diet é substancialmente maior que a dos alimentos correspondentes sem esses atributos especiais.
Referência(s)