
EXERCÍCIO ILEGAL DA ORTODONTIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS CLÍNICAS: RELATO DE CASO
2016; ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA; Volume: 7; Issue: 2 Linguagem: Português
10.17267/2238-2720revbahianaodonto.v7i2.794
ISSN2238-2720
AutoresMarice Almeida Pereira, Flávia Menezes de Souza, Pâmela Almeida de Queiroz, Deyla Duarte Carneiro Vilela, Juliana Andrade Cardoso,
Tópico(s)Oral and gingival health research
ResumoIntrodução: O número de pacientes adultos que procuram o tratamento ortodôntico tem aumentado sensivelmente nos últimos anos, no entanto, a instalação de aparelhos ortodônticos falsos, realizada por conta própria, sem o mínimo de conhecimento especializado e dos prejuízos que podem trazer à saúde bucal tem tomado conta do país. Objetivo: Relatar um caso clínico de um paciente do sexo masculino, 42 anos, que fazia uso de aparelho ortodôntico de procedência incerta. O paciente apresentava higiene bucal precária, mobilidade grau III em diversas unidades, e foi encaminhado para realizar extrações múltiplas, com posterior reabilitação. Discussão: Os aparelhos ortodônticos utilizados pelos ortodontistas são rigorosamente supervisionados pela ANVISA. São fabricados com materiais biocompatíveis e seus fios possuem forças especificamente calibradas e formatos adequados à arcada dental para movimentar os dentes. Os acessórios piratas, sem nota fiscal e sem origem de fabricação são encontrados na maioria das vezes com vendedores ambulantes. Os materiais para confecção destes aparelhos, como elásticos, borrachas e fios dentários são comercializados nas ruas ou por usuários nas redes sociais. Muitas vezes, a aplicação inclui fios de vassoura e supercola, além de fios e elásticos trançados. São materiais sem qualquer tipo de controle que podem causar intoxicações, alergias severas e alterações periodontais ou dentárias. Considerações finais: É de fundamental importância que os dentistas tomem conhecimento dessa nova moda que vem sendo adotada pelos jovens a fim de conscientizá-los dos riscos que estão submetidos ao adotar o uso desnecessário do aparelho ortodôntico sem a devida supervisão do profissional especializado.
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