Revolvendo as raízes da antropologia: algumas reflexões sobre “relações"
2016; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 59; Issue: 1 Linguagem: Português
10.11606/2179-0892.ra.2016.116918
ISSN1678-9857
Autores Tópico(s)Social Representations and Identity
ResumoHá cerca de sessenta anos, Raymond Firth pensava ser necessário afirmar que as relações sociais não podem ser observadas pelo etnógrafo; elas podem ser inferidas apenas a partir das interações entre as pessoas. Era preciso abstração. Outros pensavam que o problema era de concretização, e recorriam, por sua vez, à personificação. Ao mesmo tempo, Firth referia-se, sem qualquer problematização, a relações em abstrato ao comparar, por exemplo, padrões econômicos e morais. Essas questões não teriam sido estranhas a Hume e outros expoentes do Iluminismo escocês, que se debruçaram sobre o poder das relações no entendimento (humano) e na narrativa (acadêmica), assim como na empatia interpessoal. Neste artigo, evoca-se um período anterior no Iluminismo europeu em geral, entre outras coisas, por conta de seu interesse em narrativas sobre o “desconhecido”. Nessa época, encontramos também algumas peculiaridades da língua inglesa, que estava sendo apropriada por muitos escoceses. No que diz respeito às “relações” no século XVIII, esses usos adensam o enredo, com implicações ainda provocadoras.
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