
A VIA RUPTURISTA: O MOVIMIENTO DE IZQUIERDA REVOLUCIONARIA E O GOVERNO DE SALVADOR ALLENDE (1970-1973)
2016; Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS); Volume: 9; Issue: 1 Linguagem: Português
10.15448/2178-3748.2016.1.22922
ISSN2178-3748
Autores Tópico(s)Brazilian cultural history and politics
ResumoFundado em 1965, o Movimiento de Izquierda Revolucionaria (MIR) foi a maior organização de esquerda do Chile a não integrar a Unidad Popular (UP), a ampla coalizão que levou o socialista Salvador Allende à Presidência da República em setembro de 1970. Visto como uma organização “extremista” pela direita e por setores moderados da esquerda, o MIR defendeu a necessidade de preparar o povo para um conflito armado contra as classes dominantes, mesmo durante o governo Allende. Sua posição, definida por Casals (2010) como a “via rupturista”, contrariava a postura hegemônica da UP: o projeto político liderado por Salvador Allende propunha realizar uma transição ao socialismo através da “via sistêmica”, isto é, seguindo os ritos democráticos e a legislação pré-existente. Este artigo analisa os posicionamentos do MIR durante o governo da UP, suas tentativas de radicalizar o restante da esquerda e suas discordâncias em relação aos partidos moderados, diferenças que acabariam persistindo até o golpe de Estado liderado por Augusto Pinochet em 11 de setembro de 1973.
Referência(s)