Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Metapoesia e a Helena de Homero

2016; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; Volume: 12; Issue: 1 Linguagem: Português

10.17851/1983-3636.12.1.13-25

ISSN

2179-7064

Autores

André Malta,

Tópico(s)

Social and Cultural Studies

Resumo

Meu objetivo é discutir como Homero explora no primeiro terço da Ilíada o que podemos chamar de "consciência poética" do personagem de Helena, e tentar entender qual o possível efeito alcançado por essa forma de metalinguagem quando associada à mulher cujas ações estão na origem da Guerra de Troia. Minha questão central aqui é: por que explorar a metalinguagem com Helena? Qual é o possível efeito dessa escolha? Por que Homero não faz isso com Heitor, com Príamo ou mesmo com Páris? Vou me deter rapidamente em duas cenas centrais: a primeira, em que ela tece batalhas, no Canto 3 (v. 125-128), e a segunda, quando se vê presente em cantos futuros, no Canto 6 (v. 354-358). Ao examinar essas cenas, pretendo explorar, ainda, a aproximação dela com a figura de Aquiles, também atuante na construção dessa "épica no espelho".

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