O letrado e o guerreiro: ou dois ensaios sobre o âmago terrível da linguagem
2002; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS; Volume: 6; Issue: 10 Linguagem: Português
ISSN
2358-3428
Autores Tópico(s)Linguistics and Education Research
ResumoNo seu conto “Famigerado”, Guimaraes Rosa faz um guerreiro procurar um letrado, a fim de resolver questao de vida ou morte: foilhe dirigida uma ofensa, que deve vingar, ou um elogio, que pode aceitar? Como o guerreiro vem das montanhas do Sao Ao, podemos sugerir que provenha da intensificacao de nossa lingua portuguesa, lingua do nao, como disse Mario de Andrade, contrastando-a com as linguas do oil, do oc e do si. Podemos tambem, comparando essa passagem com o capitulo do Leviata (1651) em que Thomas Hobbes define a linguagem, apontar um âmago terrivel desta ultima, no qual ela e guerra – e so e pacificada ao tornar-se literatura, mas enquanto jogo, enquanto extirpacao de seus poderes especificos e assustadores.
Referência(s)