
Formas de dizer o indizível: a animação como recurso (testemunhal) em Postales de Leningrado e Infância Clandestina
2016; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ; Volume: 1; Issue: 44 Linguagem: Português
10.18542/moara.v1i44.3428
ISSN2358-0658
Autores Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoO estudo toma como corpus duas narrativas fílmicas: os filmes de ficção Postales de Leningrado e Infância Clandestina. São narrativas que tratam de aspectos relacionados à experiência com a ditadura em países da América Latina – respectivamente Venezuela e Argentina. Apresentam como protagonistas crianças, filhas e filhos de guerrilheiros na clandestinidade. Além da relação com as lutas estabelecidas por conta do regime de exceção, da experiência da clandestinidade e suas consequências avassaladoras para a vida, há um artifício técnico, o manuseio da animação, que desponta de modo peculiar nos dois filmes. Procedimento artístico que além de tornar mais próximas as duas narrativas estimula uma problematização importante para a teoria do testemunho: a agregação das técnicas de animação às narrativas de filmes com teor testemunhal favorecem a possibilidade de repensarmos aspectos próprios do testemunho, como a irrepresentabilidade do trauma? Pretendemos que esta questão conduza a análise dos objetos. PALAVRAS-CHAVE: Infância. Exceção. Resistência. Cinema.
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