Mas afinal, o que sobrou do cinema? A querela dos dispositivos e o eterno retorno do fim.
2016; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO; Issue: 32 Linguagem: Português
10.1590/1982-25542016225800
ISSN1982-2553
Autores Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoResumo O que o filme faz que outras imagens móveis não fazem, quando não são filmes, é fechar-se em copas sobre a duração. Oferece ao espectador um jogo jogado. O filme é uma espécie de tanquinho que bate a matéria do tempo para poder fruí-la torcida, com emoção. Pois um filme, como uma sinfonia, passa em direção a um final que já está dado a cada instante, a cada plano. Final que existe nele e não é só 'happy end'. É sua arte de ser pela duração - à diferença de uma pintura ou foto na parede. Por isso, o cinema pendurado, ou instalado, não é filme e deixa de ser cinema. É o filme que faz variar o dispositivo e não o inverso. A querela sobre o que 'restou' do cinema tem no âmago suas 'mortes' e esta espécie de grande Leviatã que é o 'cinema expandido'.
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