Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Configuração dos remanescentes florestais em uma área da Mata Atlântica do nordeste do Brasil: orientando medidas de conservação em escala municipal

2016; Associação Sergipana de Ciências; Volume: 12; Issue: 8 Linguagem: Português

10.14808/sci.plena.2016.081001

ISSN

1808-2793

Autores

Erivelton Rosário do Nascimento, Jucileide Lima Santos, Sidney F. Gouveia,

Tópico(s)

Rural Development and Agriculture

Resumo

A tomada de decisões para o manejo e conservação florestal em escalas locais (e.g., municípios) permite envolver a comunidade e atores diretamente ligados ao uso de recursos naturais. Quando informações detalhadas sobre alvos de conservação (e.g., espécies ameaçadas) são escassas, uma alternativa é utilizar parâmetros espaciais em escala de paisagem para orientar a tomada de decisão em escala local. Neste estudo, utilizamos o município de Umbaúba, localizado no sul do Estado de Sergipe, Brasil, e um dos principais consumidores de produtos energéticos florestais do estado, para avaliar a configuração dos remanescentes florestais em escala de paisagem, a fim de contribuir para a tomada de decisões de conservação e manejo dos remanescentes no município. Utilizando um mapa dos fragmentos florestais do município (64,9 metros de resolução), analisamos um conjunto métricas de paisagem, incluindo quantidade de cobertura, forma e conectividade. Identificamos 35 (5,03 km2) fragmentos de três tipologias de florestas estacionais: arbustiva, arbustivo-arbórea e arbórea. Em geral, os remanescentes são pequenos, irregulares e com baixos índices de conectividade, típicos de áreas altamente fragmentadas. Apesar da baixa condição florestal, a classe arbórea teve a maior cobertura, incluindo o remanescente com maiores tamanho e conectividade (conhecido como Mata do Escôncio). Além de ser o maior fragmento de Umbaúba, ele se estende ao município de Indiaroba, formando um remanescente de maior tamanho (5,44 km2). Além disso, este remanescente abriga espécies ameaçadas de extinção como o macaco-guigó (Callicebus coimbrai) e a nascente do rio Indiaroba, com importância para a manutenção de serviços ecossistêmicos locais.

Referência(s)
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