Greve geral, luta de classes e repressão no Rio Grande do Sul de 1935.

2012; Volume: 1; Issue: 3 Linguagem: Português

10.4013/rlah.v1i3.88

ISSN

2238-0620

Autores

Diorge Alceno Konrad,

Tópico(s)

Social and Economic Solidarity

Resumo

Na conjuntura entre os finais de 1934 e o inicio do ano seguinte, ocorreu a retomada das greves de varias categorias de trabalhadores por todo o Brasil. Em janeiro, o movimento iniciado no Rio de Janeiro, expandiu-se por todo o Brasil. No Rio Grande do Sul, varias categorias, lideradas pela FORGS, aderiram ao movimento, em busca de uma greve geral. Diante da mobilizacao operaria, o empresariado dirigiu-se ao governo estadual solicitando intervencao energica, a fim de se evitar o alastramento do movimento grevista pelo interior do estado e estabelecimentos industriais de Porto Alegre, a fim de se evitar no Rio Grande do Sul o “colapso da economia”. A Inspetoria Regional do Trabalho se posicionou contraria ao movimento, alegando que ele nao representava as aspiracoes dos verdadeiros trabalhadores, pois a greve era de uma minoria que nao representava a classe e que havia sido estimulada por “elementos extremistas”, alheios a categoria e que agiam “com o fim de perturbarem a ordem”. A policia adotou medidas preventivas, aumentando a seguranca em torno das instalacoes fabris. A Brigada Militar passou a vigiar os principais estabelecimentos fabris. Foi nesse contexto que ocorreu o assassinato de Mario Couto, medico e lideranca politica de esquerda em Porto Alegre. O texto procura apresentar o processo de lutas de classes no Rio Grande do Sul do inicio de 1935, tendo como eixo central a relacao entre as greves ocorridas no estado e a repressao ocorrida no periodo.

Referência(s)