Relações entre o Índice de Basiléia e o Nível de Endividamento das Famílias Brasileiras
2016; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO; Volume: 11; Issue: 2 Linguagem: Português
10.21446/scg_ufrj.v11i2.13377
ISSN1982-7342
AutoresSabrina Espinele da Silva, Bruno Pérez Ferreira,
Tópico(s)Economic Theory and Policy
ResumoO acordo de Basiléia impõe um capital mínimo regulatório para que os bancos mantenham sua liquidez e sejam menos suscetíveis a choques provenientes da interligação do sistema financeiro. Os bancos precisam administrar a dinâmica de captações e das aplicações de modo a evitar o excesso ou escassez de recursos monetários, eles estão expostos a riscos como o risco de crédito e o risco de liquidez. Risco de credito trata-se do risco de que a contraparte na transação não honre sua obrigação. Risco de liquidez trata-se do risco de a instituição financeira tornar-se incapaz de honrar suas obrigações. O índice de endividamento das famílias brasileiras apresentou crescimento no período analisado, e um nível de endividamento elevado aumenta as chances de inadimplência e expõem as instituições financeiras ao risco de crédito e ao risco de liquidez. Assim, o objetivo desse artigo consiste em analisar as relações existentes entre o índice de Basiléia divulgado pelos bancos e o alto nível de endividamento das famílias no Brasil. O estudo utilizou dados disponíveis no sistema gerenciador de séries temporais (SGS) do banco central do Brasil, que compreendem o período de janeiro de 2005 a dezembro de 2013, sendo analisadas as seguintes variáveis: índice de Basiléia, endividamento, inflação IPCA, taxa Selic, Inadimplência no SPC, através de um modelo ARCH (Autoregressive Conditional Heteroskedasticity). Os resultados demonstram que o índice de Basiléia, e o nível de endividamento das famílias possuem correlação negativa, o que faz com que os dois variem em sentidos opostos. Podemos comparar os resultados do modelo para o sistema financeiro brasileiro com o que foi observado no mercado americano, visto, por exemplo, da ótica dos autores que apontam o começo da crise financeira de 2008, como consequência do alto endividamento das famílias americanas no ramo de hipotecas.
Referência(s)