Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

HANSENÍASE NO ESTADO DO MARANHÃO: ANÁLISE DAS ESTRATÉGIAS DE CONTROLE E OS IMPACTOS NOS INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS

2016; UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA; Volume: 12; Issue: 22 Linguagem: Português

10.14393/hygeia1230888

ISSN

1980-1726

Autores

Carlos Eduardo de Castro Passos, Antônio Rafael da Silva, Eloísa da Graça do Rosário Gonçalves, Felipe Gomes Carreiro Neiva, Sílvio Gomes Monteiro,

Tópico(s)

Leprosy Research and Treatment

Resumo

Introdução: As estratégias de controle da hanseníase vêm se aprimorando ao longo das décadas. No entanto, em 2012, o Brasil ainda detinha o maior número de casos de hanseníase das Américas (93%) e ocupa o segundo lugar de casos no mundo. Fortalecendo tal estatística, encontra-se o Maranhão como 4º colocado do Brasil em detecção de casos novos; 3º em menores de 15 anos de idade; e, no geral, o estado mais prevalente do Nordeste. Métodos: Desenvolveu-se um estudo ecológico exploratório, da evolução temporal dos indicadores epidemiológicos da hanseníase e das políticas públicas de controle da endemia no período de 2002-2011. Resultados: Foi observado que as ações de controle realizadas buscaram abranger os campos da epidemiologia, gestão, atenção integral, comunicação e educação, além de supervisões municipais. Foram identificados os principais indicadores epidemiológicos e operacionais da hanseníase, a partir dos quais pôde-se observar um padrão de tendência decrescente na detecção de casos novos, com significância estatística (R2=0,83; P<0,0001). Por outro lado, a proporção de casos novos multibacilares revelou-se em tendência inversa (R2=0,95; P<0,0001). A análise mostrou ainda que o coeficiente de casos novos no Maranhão foi significativamente maior (74,3/100.000) que a média nacional (24,9/100.000), apresentando RR=2,96, IC95%: 1,88-4,66; p<0,0001. Seguiu a mesma trajetória, o coeficiente de casos novos em menores de 15 anos e o coeficiente anual de prevalência. Conclusão: Diante do panorama epidemiológico identificado e das estratégias descritas o estudo reforça que as medidas de controle devem ser mantidas como prioridades em todo o território estadual e ser intensificadas nos municípios em situação de alta e hiperendemicidade.

Referência(s)