
Anatomofisiologia e fisiopatologia da micção de cães e o uso da cistometria como ferramenta diagnóstica e prognóstica: revisão da literatura
2016; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ; Volume: 14; Linguagem: Português
10.7213/academica.14.2016.09
ISSN2596-2868
AutoresThais Gabrielle De Sousa Lopes da Silva, José Ademar Villanova,
Tópico(s)Dental Anxiety and Anesthesia Techniques
ResumoA micção é o mecanismo que permite a eliminação coordenada da urina, em resposta a uma distensão gradual da bexiga urinária. Todo o sistema nervoso está envolvido neste mecanismo, tanto do ponto de vista puramenteanatômico: periférico e central, como funcional por meio dos sistemas somático, simpático e parassimpático. O músculo detrusor contém receptores adrenérgicos e colinérgicos (muscarínicos), importantes no enchimento e na contração da bexiga, respectivamente. Os principais receptores para a inervação autônoma eferente do corpo da bexiga são: a) receptores beta-adrenérgicos, responsáveis pela indução do relaxamento do músculo detrusor,permitindo o enchimento da bexiga, e b) receptores colinérgicos (muscarínicos), responsáveis pela sensibilidade vesical e contração do músculo e consequente esvaziamento da bexiga. Em termos práticos, o colo da bexiga pode ser considerado a porção proximal da uretra. O músculo liso da uretra é inervado principalmente pelo nervo hipogástricoe, com frequência, é considerado como um esfíncter interno, embora não seja um esfíncter verdadeiro. O esfíncterexterno da uretra é composto de músculos estriados que circundam a uretra distal. O esfíncter externo da uretra é inervado pelo nervo pudendo, que é um nervo motor somático. Os principais receptores para a inervação eferente da uretra são: a) receptores alfa-adrenérgicos - receptores simpáticos responsáveis pela contração do músculo liso do colo da bexiga e da uretra. Essa contração muscular se contrapõe ao fluxo urinário pela uretra e, desse modo, facilita o enchimento da bexiga, e b) receptores colinérgicos nicotínicos - receptores motores somáticos responsáveis pela contração do esfíncter, facilitando o enchimento da bexiga. A cistometria que é, em última análise, o exame neurológico da bexiga, pode ser útil para o diagnóstico de afecções sediadas em todo o neuroeixo, desde o córtex cerebral até as raízes da cauda equina, complementando assim, o exame neurológico; em certas circunstâncias, na vigência de um exame neurológico normal, o exame cistométrico poderá fornecer, por si só, elementos para o diagnóstico. Esta revisão de literatura visa justificar a necessidade de incluir a cistometria no exame neurológico, não apenas comos imples complemento, mas como elemento semiótico de real valor e, mesmo, indispensável em determinados casos.
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