
A EPIDEMIA DE ZIKA E OS LIMITES DA SAÚDE GLOBAL
2016; Centro de Estudos de Cultura Contemporânea, CEDEC; Issue: 98 Linguagem: Português
10.1590/0102-6445021-046/98
ISSN1807-0175
AutoresJoão Nunes, Denise Nacif Pimenta,
Tópico(s)Innovation and Socioeconomic Development
ResumoResumo O vírus Zika foi isolado pela primeira vez em 1947 em Uganda. Se a doença existe desde então, por que somente agora há atenção da mídia, da ciência, das agências financiadoras e dos órgãos nacionais e internacionais? A partir de uma visão crítica da saúde global, que considera os contextos sociais, políticos e ideológicos, nos quais a Zika é enquadrada, almeja-se analisar a atual epidemia de Zika em quatro eixos: (1) investigação dos processos sociais, culturais e políticos; (2) análise das práticas de significação; (3) estudo das zonas negligenciadas/silenciadas; e (4) atenção à diversidade de experiências individuais de saúde e de doença. As tensões políticas aqui identificadas e discutidas - referentes ao controle das doenças negligenciadas, determinantes sociais, de classe e de gênero - enquadram-se em dinâmicas que ultrapassam as fronteiras nacionais. Nesse sentido, os processos de significação e as respostas dadas à epidemia mostram os atuais limites da saúde global.
Referência(s)