Artigo Acesso aberto Produção Nacional

A trajetória do paladar luso entre os séculos XVII­XVIII: análise de livros de cozinha

2016; UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL; Volume: 18; Issue: 1 Linguagem: Português

10.17058/agora.v18i1.7263

ISSN

1982-6737

Autores

Fernando Santa Clara Viana, P. M. S. Merlo,

Tópico(s)

Food, Nutrition, and Cultural Practices

Resumo

Buscamos neste trabalho compreender a transição da alimentação portuguesa ocorrida no período entre os séculos XVII­XVIII, influenciada pelas tendências francesas, considerada modelo para grande parte da Europa moderna. Além das alterações de práticas e técnicas culinárias, buscamos observar a modificação dos ingredientes, estes que constituíram o principal foco das inovações. Falar da modernidade é remeter a um período em que os sabores marcantes das especiarias, usadas em abundância, e a pompa excessiva nas apresentações dos pratos, tão características do medievo, deram lugar a sabores mais delicados, com temperos que valorizavam o sabor natural dos alimentos. Com vistas a acompanhar tal processo, tomamos como base de análise de reflexão os dois primeiros livros de cozinha portugueses publicados: Arte de Cozinha (1680), de Domingos Rodrigues, e Cozinheiro Moderno ou Nova Arte de Cozinha (1780), de Lucas Rigaud. Por esse expediente, buscamos esquadrinhar, em linhas gerais, quais foram as transformações ocorridas no paladar português ao longo do período em tela.

Referência(s)