A METAPOESIA EM JOÃO CABRAL DE MELO NETO E EM PAULO HENRIQUES BRITTO

2016; Volume: 19; Issue: 2 Linguagem: Português

ISSN

2316-3933

Autores

Francisco Antônio Ferreira Tito Damazo,

Tópico(s)

Literature, Culture, and Criticism

Resumo

Com este trabalho, pretendemos demonstrar como os poetas brasileiros Joao Cabral de Melo Neto e Paulo Henriques Britto discutiram o fazer poetico a partir, essencialmente, de seus metapoemas. O primeiro e poeta consagrado nacional e internacionalmente e, constantemente, objeto de estudos e pesquisas. Situa-se entre os maiores poetas de lingua portuguesa, dado seu rigor construtivista, como o poeta geometra. O poeta Paulo Henriques Britto surgiu nos anos de 1980 e sua poesia logo chama a atencao da critica a vista da singularidade de sua proposicao poetica. Sua poesia retoma as formas classicas de elaboracao do poema, essencialmente o soneto, e com elas passa a dialogar indo da restauracao pura e simples a implosao e reinvencao das mesmas. Paulo Henriques Britto, como o foi Joao Cabral, e um poeta permanentemente inquieto – consequentemente instigado a discuti-la – com a questao do fazimento da poesia, do poema. Tomando por base, principalmente, os estudos jackobsonianos em Linguistica e Comunicacao (1970), barthesianos em Elementos de Semiologia (1971) e “Um conceito de metalinguagem na poesia brasileira”, ensaio de Gilberto Mendonca Teles, publicado em seu livro Retorica do Silencio I (1989), discutiremos, neste texto, como esses dois poetas desenvolvem essa questao, sobretudo, metapoeticamente.

Referência(s)