
Hipólito e Teseu enredados nas malhas da decisão indiscutível
2014; Volume: 18; Issue: 2 Linguagem: Português
10.11606/issn.2358-3150.v18i2p38-56
ISSN2358-3150
Autores Tópico(s)Organic Chemistry Synthesis Methods
ResumoO presente artigo propõe a discussão acerca das relações de poder estabelecidas pelos personagens Hipólito e Teseu, da tragédia Hipólito, de Eurípides. Nesse sentido, tendo como pano de fundo as considerações de Max Weber e Émile Benveniste para o uso do termo poder, pretendo demonstrar de que modo, no drama, a sanção da morte de Hipólito deve, necessariamente, ficar a cargo de Teseu, uma vez que este é o único personagem que, no contexto político da peça, detém legitimamente o poder sobre todos aqueles que estão sob seu domínio. Portanto, se, de um lado, no prólogo, Afrodite apresenta aos espectadores todo o desenvolvimento da tragédia, demonstrando sua atuação direta na ruína da família de Hipólito, de outro lado, Eurípides, de modo verossimilhante, vale-se da legitimidade do poder real de Teseu para selar com o veredito político humano a vontade da deusa Cípris.
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