
Exílio escravista: Hercule Florence e as fronteiras do açúcar e do café no Oeste paulista (1830-1879)
2016; Universidade de São Paulo, Museu Paulista; Volume: 24; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/1982-02672016v24n0201
ISSN1982-0267
Autores Tópico(s)Urban and sociocultural dynamics
ResumoRESUMO O artigo investiga a trajetória do artista e inventor Antonie Hercule Romuald Florence (1804-1879) na sociedade escravista brasileira do século XIX, procurando examinar os fundamentos do "sentimento de exílio" que marcou sua longa vivência no Oeste de São Paulo. Na primeira parte, trato Florence como um observador das paisagens escravistas do açúcar e do café. A série de desenhos e aquarelas que compôs sobre a fazenda Ibicaba e o engenho da Cachoeira nos permite observar como ele apreendeu os processos concretos de transformação agrária e ambiental da fronteira escravista de São Paulo. Na segunda parte, analiso a conversão de Florence em cafeicultor escravista, momento em ele assumiu por razões familiares a gestão de uma propriedade cafeeira com trinta escravos no município de Campinas.
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