Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

O papel das políticas públicas para potencializar a inovação em pequenas empresas de base tradicional

2016; Emerald Publishing Limited; Volume: 24; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1016/j.rege.2016.10.001

ISSN

2177-8736

Autores

Ricardo Augusto Bonotto Barboza, Sérgio Azevedo Fonseca, Geralda Cristina de Freitas Ramalheiro,

Tópico(s)

Business and Management Studies

Resumo

A necessidade de as organizações investirem em inovações sempre foi fator preponderante para a competitividade empresarial. A partir do século XXI essa necessidade ganha uma importância ainda maior com a grande disseminação de inovações, que torna a concorrência ainda mais acirrada e encurta o ciclo de vida dos produtos. Percebe‐se, contudo, que as empresas que operam em setores mais tradicionais da economia apresentam maiores barreiras para gerar ou adotar inovações, barreiras essas que aumentam quando se trata do universo das micro e pequenas empresas (MPEs) tradicionais, o que potencializa a necessidade de políticas e intervenções públicas passíveis de contribuir para a minimização desses constrangimentos. A pesquisa tratada neste artigo analisou, por meio de estudos de caso, dois programas de apoio à inovação: de um lado, as incubadoras de empresas, com foco particular na Incubadora de Empresas de Araraquara (SP); de outro lado, o Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas (SBRT), com foco no Serviço Integrado de Respostas Técnicas (SIRT) da Universidade Estadual Paulista (Unesp/Araraquara). Este estudo teve como objetivo principal relatar as virtudes, as limitações e as dificuldades de operacionalização desses dois instrumentos de políticas públicas como potenciais ou efetivos indutores de inovações em micro e pequenas empresas (MPEs) de base tradicional. Para tanto foi verificada a periodicidade com que as MPEs assistidas por ambos os instrumentos inovaram, foram analisados os tipos, as fontes e os mecanismos usados para a promoção das inovações. A estratégia metodológica usada compreendeu uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, delineada como estudo de casos simples, com dados coletados por meio de entrevistas e observação participante. Apurou‐se que as micro e pequenas empresas de base tradicional, mesmo aquelas que participam de programas e políticas públicas, apresentam muitas dificuldades para operacionalizar inovações. Notou‐se também que a junção dos dois instrumentos potencializou as atividades inovativas. The need for organizations to innovate has always been a major factor for business competitiveness. From the beginning of the 2000's this need has turned even more important, especially with the advent and widespread of innovations, intensifying competition and shortening the life cycle of products. It is perceived, however, that companies operating in more traditional sectors of the economy have higher barriers to innovative procedures, barriers increased and enhanced when it comes to the universe of micro and small enterprises (MSEs). These difficulties, by itself, support the need for policies and public interventions in order to minimize the barriers. In this context, this paper addresses a research which studied two innovation supporting programs in Brazil: the business incubation, with particular focus in the Business Incubator of the city of Araraquara; and the Brazilian Service for Technical Answers (SBRT) in this particular case represented by one of his agents, the Integrated Service of Technical Answers (SIRT) of the Universidade Estadual Paulista (UNESP/Araraquara). This study reports the virtues, the limitations and difficulties of these two instruments of public policy as potential or actual inducers to innovations in non‐technological micro and small enterprises (MSEs). The research analyzed the types, sources and mechanisms used to promote innovations in the MSEs. The methodology comprised a qualitative research, exploratory, designed as a simple case study, with data collected through interviews and participant observation. It was found that the MSEs, even those who participate in public programs and policies, have many difficulties to operationalize innovation. It was noted also that the joining of the two instruments leveraged innovative activities.

Referência(s)